As instituições de ensino públicas têm uma grande responsabilidade na conjuntura atual. Dependendo da região, o foco não abrange apenas um aprendizado de alto nível, mas também o fornecimento de uma alimentação escolar digna e de boa qualidade.
Muitos estudantes de baixa renda necessitam de uma merenda que proporcione a eles mais condições de assimilar as informações repassadas em sala de aula. Isso é fundamental para que tenham um bom desempenho e possam estar mais bem preparados para ingressar no ensino superior futuramente.
Neste post, abordaremos detalhes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o papel dos nutricionistas para essa iniciativa ser devidamente efetivada nos colégios. Confira!
Saiba o que é o PNAE
O Programa Nacional de Alimentação Escolar é uma ação do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que prioriza repassar verbas da União para Estados e municípios oferecerem alimentação escolar para os estudantes matriculados na rede pública.
O foco do PNAE é suprir 15% da demanda nutricional diária dos alunos, englobando a quantidade de calorias e de proteína. O programa atinge crianças que estão na pré-escola, além de atender alunos dos ensinos fundamental e médio.
Entenda a participação dos nutricionistas no PNAE
A alimentação escolar tem uma relação direta com a capacidade de desenvolvimento de muitos estudantes em sala de aula. Isso envolve, principalmente, os que têm menor poder aquisitivo. Em um momento de instabilidade econômica, muitas famílias enfrentam dificuldades de adquirir os alimentos necessários para suprir as demandas do cotidiano.
Nesse cenário, os nutricionistas nas escolas exercem um papel importantíssimo. Afinal, eles são os responsáveis pela elaboração do cardápio e por acompanhar como estão sendo preparadas as refeições. Ainda verificam se a merenda está fornecendo os nutrientes necessários para os estudantes de acordo com a faixa etária.
À medida que a alimentação do aluno está sendo feita de forma correta, maiores são as possibilidades de ele assimilar o conteúdo em sala de aula, o que ajuda a combater a evasão escolar.
Em algumas situações, a principal refeição dos estudantes é na escola. Isso aumenta bastante a responsabilidade do nutricionista em desenvolver um cardápio que proporcione mais saúde e disposição para os alunos.
Fiscalização
Não basta apenas sugerir os cardápios para a alimentação escolar, o nutricionista deve também fiscalizar a qualidade do que está sendo serviço nos colégios. Essa medida é imprescindível para que os estudantes sejam devidamente atendidos e possam ter as necessidades nutricionais supridas.
Com um papel atuante, o nutricionista pode evitar também o desperdício de alimentos. Deixar de oferecer uma refeição digna aos alunos por falta de atenção é um erro que deve ser evitado ao máximo. Isso abrange o uso responsável dos recursos financeiros e a cidadania, pois é preciso dar um tratamento digno a todos os estudantes, principalmente, aos de baixa renda.
De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), os nutricionistas devem ajudar a escola na aquisição de alimentos, elaborando a lista de compras e auxiliando no planejamento da chamada pública da agricultura familiar.
Em vários municípios, a alimentação escolar é proveniente de agricultores da própria região. Isso contribui para a geração de emprego e renda e é uma forma também de enfrentar o êxodo rural, pois mantém os trabalhadores no campo.
O nutricionista deve constatar se a merenda está chegando à instituição de ensino conforme o planejado. E também precisa confirmar se as refeições estão sendo preparadas de acordo com as regras estabelecidas.
Veja outras ações dos nutricionistas para aperfeiçoar a alimentação escolar
A presença de um profissional qualificado é valiosa para os colégios oferecerem uma merenda de boa qualidade. O nutricionista, por exemplo, pode analisar se está havendo diversidade no cardápio. A repetição pode desestimular os alunos a fazerem as refeições na escola.
Por isso, é importante ter criatividade e bom gosto para a alimentação escolar conseguir bons resultados. O profissional deve ter cuidado para que a oferta de doces e embutidos/processas seja bastante restrita.
A recomendação é que o nutricionista tenha uma leitura bastante atenta da Resolução 26 do FNDE, de 17 de junho de 2013. Ela aborda diretrizes importantes relacionadas com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). No capítulo 1, há um foco em mostrar a relevância de oferecer uma merenda de boa qualidade que contemple os alunos da rede pública. Esse aspecto mostra como o nutricionista deve avaliar o que está sendo oferecido e checar se todos os estudantes estão se alimentando adequadamente.
Desenvolvimento
O artigo 2 dessa norma destaca a necessidade de a alimentação escolar ser variada e segura, buscando respeitar a cultura, a tradição e os hábitos dos moradores. Esse aspecto faz com que o nutricionista precise ter uma relação de proximidade com a comunidade escolar. Do contrário, terá problemas para fazer um trabalho de alto nível que agregue valor aos alunos e à instituição de ensino.
À medida que esse profissional tem uma postura atenta à situação dos alunos, mais ele ajudará no desenvolvimento dos estudantes. Afinal, uma alimentação saudável tem um grande impacto na capacidade cognitiva das crianças. Sem os nutrientes necessários, um cidadão enfrenta dificuldades para cumprir as tarefas do dia a dia.
Isso faz com que os nutricionistas necessitem também ter cuidado com os estudantes que merecem uma atenção específica. É comum encontrar crianças com diabetes e restrições alimentares, como a intolerância à lactose.
A administração pública tem como uma das principais metas promover a inclusão social. Com uma alimentação escolar ampla e variada, é possível atingir esse objetivo e oferecer mais qualidade de vida a todos os segmentos da população.
Compreenda por que as parcerias são importantes
É positivo o nutricionista ter um contato próximo com a equipe que prepara as refeições e os demais setores da comunidade escolar. Além disso, esse profissional deve estar atento a alternativas que possam melhorar a qualidade da merenda.
Hoje, o avanço tecnológico é vital para o setor público estar mais próximo dos cidadãos. Uma prova disso é o sistema Cheff Escolar, utilizado pela Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul (SED/MS) e desenvolvido pela Digix.
A ferramenta se destaca por facilitar a elaboração de cardápios e a utilização dos recursos disponibilizados pelo PNAE. Ela colabora para desburocratizar e otimizar toda a gestão da alimentação escolar.
Contar com parcerias é uma forma de o nutricionista ter mais chances de oferecer uma alimentação escolar que satisfaça aos alunos. Essa iniciativa é indispensável para os professores serem mais ativos na formação dos estudantes.
Para contemplar as demandas dos alunos de maneira efetiva, a recomendação é ler agora mesmo nosso post sobre como melhorar a alimentação nos colégios. Sem dúvida, o conhecimento nos ajuda a vencer todos os desafios!