Neste artigo você vai conhecer os principais desafios da alimentação infantil nas férias e descobrir dicas práticas para manter o cuidado nutricional mesmo fora da escola. Continue lendo!
Durante o ano letivo, a alimentação das crianças costuma seguir uma rotina: horários definidos, cardápios planejados por nutricionistas e refeições ricas em ingredientes naturais.
Inclusive, a existência da merenda escolar é fundamental para muitas famílias, já que, muitos casos, esta é a principal fonte de refeições saudáveis e balanceadas daquela criança.
No entanto, com a chegada do período de férias escolares, essa realidade muda. A alimentação infantil passa a depender integralmente das famílias e, algumas vezes, isso pode levar ao aumento do consumo de produtos industrializados, excesso de açúcares e baixo consumo de frutas, legumes e verduras.
“A alimentação desequilibrada ou a ausência de alimentação, apresenta risco de desnutrição ou ainda a predisposição de desenvolvimento de doenças crônicas em crianças e adolescentes, podendo comprometer o aprendizado escolar”, destacou a nutricionista da Coordenadoria Regional de Educação de Dourados (CRE-5 da SED-MS), Elenice Tasso.
A profissional ainda reforça que “o ideal é que a família esteja atenta e contribua com uma alimentação nutritiva evitando o consumo de alimentos ultraprocessados. Além de também cuidar da hidratação, inclusive no inverno, onde o tempo é bastante seco, principalmente em Mato Grosso do Sul”.
A importância da alimentação escolar no desenvolvimento infantil
Muito além de garantir a saciedade, a alimentação escolar tem papel fundamental na formação de hábitos saudáveis e no desenvolvimento físico e cognitivo das crianças.
Refeições equilibradas, pensadas por nutricionistas e adaptadas às necessidades de cada faixa etária, contribuem diretamente para o desempenho escolar, a concentração e o bem-estar ao longo do dia.
Durante o período letivo, esse cuidado diário nas escolas ajuda a construir uma relação mais consciente com a comida, reduzindo o consumo de alimentos ultraprocessados e estimulando o paladar para opções mais naturais.
Avanços nas escolas do Brasil
Um exemplo inspirador vem de Mato Grosso do Sul, que utiliza tecnologia para avançar na qualificação da alimentação escolar, priorizando ingredientes frescos e de origem local.
Em 2024, mais de 56% dos alimentos adquiridos para a merenda vieram da agricultura familiar, fortalecendo a produção regional e garantindo refeições com maior valor nutricional.
Em 2025, a Resolução nº 3/2025 estabeleceu que, no mínimo, 80% dos recursos do PNAE devem ser destinados à alimentos in natura ou minimamente processados e, no máximo, 15% à alimentos processados e de ultraprocessados.
Mesmo antes da resolução, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED-MS) já era mais rigorosa nas porcentagens de aquisição de alimentos com os recursos do PNAE.
Em 2024, a alimentação escolar foi baseada em 84% de alimentos in natura ou minimamente processados e apenas 14% de processados ou ultraprocessados.
Esses resultados podem ser acompanhados em tempo real pelo sistema Cheff Escolar, que apresenta as informações necessárias para tomar decisões em tempo hábil e de acordo com as normas do PNAE.
Esse exemplo mostra que é possível garantir saúde, educação nutricional e valorização da produção local com compromisso e tecnologia. E, embora a escola seja uma base importante, as férias também podem ser uma continuação desse cuidado.
Dicas para alimentação saudável nas férias escolares
Selecionamos algumas dicas de alimentação infantil nas férias que podem ser aplicadas em casa de forma simples:
Educação alimentar nas férias: mais que uma responsabilidade, uma oportunidade
As férias escolares representam não só um momento de descanso, mas também uma oportunidade de fortalecer a alimentação infantil para além dos muros da escola.
Com pequenas mudanças e atenção às escolhas, é possível manter uma alimentação equilibrada e contribuir para o desenvolvimento saudável das crianças mesmo nas férias.
Afinal, os bons hábitos se constroem na prática e, com o apoio das famílias, é possível transformar a relação das crianças com a comida e promover saúde durante o ano todo.
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